Reviravoltas da vida.
Reencontrei hoje uma colega de universidade que morava aqui ao pé de mim. Havai já algum tempo que não a via. E este foi um pretexto para fazer uma retrospectiva até aos meus tempos de universitária.
Eu e ela pertencíamos a grupos diferentes mas quando regressávamos a casa, vínhamos todas juntas. Éramos todas trabalhadoras estudantes. A maior parte de nós vivia com os pais mas ele, devido à dureza da vida, partilhava um apartamento com uma das irmãs.
Esta minha colega sempre teve muitas paranóias e manias mas eu dava me bem com ela e respeitava a sua maneira de ser. Ela era bastante inteligente – e sabia disso – o que a tornava numa pessoa um pouco arrogante. Mas quem não a conhecesse e olhasse para ela, incorria no pré-conceito de a classificar como toxicodependente ou coisa semelhante.
Terminada a universidade, seguimos caminhos diferentes: eu enveredei pelo ensino e entrei em estágio e ela parou por ali (talvez a decisão mais acertada!) e continuou a trabalhar no mesmo sítio onde já estava.
Alguns anos depois, voltámos a encontrar-nos. Nem parecia a mesma pessoa! Muito bem vestida e elegante, cabelos arranjados, sapatos de salto alto e unhas – que deixou de roer – arranjadas e pintadas de vermelho.
Fiquei a saber que também mudou de casa, de vida e de estilo. Aproximou-se de quem merecia e deixou para trás quem não merecia.
É bom ver que alguém se modificou para melhor, que está feliz e bem na vida. Sim, porque parece que isto é cada vez mais incomum nos dias de hoje…